quinta-feira, 2 de julho de 2009

Natal


O nome «Natal» deriva de «Nascimento», nascimento do novo ano solar e (para os cristãos) nascimento de Cristo.

Saturno deriva de satus, particípio do verbo serere (plantar, semear), deus das sementeiras e marido de Ops, deusa da abundância e da opulência. Saturno fazia reinar a paz, a concórdia, a liberdade e a alegria de viver, transmitindo aos homens justiça e técnicas de cultivo da terra. Para obter as boas graças deste Deus (sobre as sementes plantadas), celebravam-se as Saturnalias, no solstício de Inverno.

A grande festa em honra de Saturno durava um dia. Sob Augusto, foi introduzido outro e Calígula acrescentou ainda outro dia. O festival chegou a ter sete dias: de 17 a 23 de Dezembro. Tudo parava: o Senado, os tribunais, aulas, negócios, guerra, trabalho, escravidão. Todas as hierarquias eram abolidas. Os escravos gozavam de liberdade, as execuções dos condenados à morte eram adiadas e concedida liberdade a alguns presos. Trocavam-se presentes: pequenos bonecos de cerâmica às crianças, e velas de cera aos amigos. As solenidades começavam pela manhã, com a remoção da faixa de lã que cobria todo o ano o pedestal da estátua de Saturno. Realizava-se um banquete público, finalizado à noite pelo grito: Io Saturnalia!

Nas culturas célticas, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maças douradas em celebração do momento em que o Sol, depois dos seis meses de declínio, retoma a sua ascensão.

Os egípcios traziam para casa galhos verdes de palmeiras no dia mais curto do ano, como símbolo de triunfo da vida sobre a morte.

Em meados do século IV DC, a Igreja Católica começou a festejar o nascimento de Cristo, tendo o Papa Júlio I convencionado a data de 25 de Dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do nascimento de Cristo. Sob influência franciscana, espalhou-se a partir de 1233, o costume de se construírem presépios, reconstituindo a cena do nascimento de Jesus. A troca de presentes manteve-se tradição natalícia.

Na Europa Central do século XII penduravam-se árvores com o ápice para baixo, em resultado da simbologia triangular da Santíssima Trindade, mas a primeira referência a "Árvore de Natal" surgiu no século XVI, sendo enfeitada com luzes, simbolizando a Luz do Mundo - Cristo.

Na Alemanha, as famílias, decoravam as suas árvores com frutos, doces e flores de papel (as flores vermelhas representavam o conhecimento e as brancas representavam a inocência).

Surgiu a indústria das decorações de Natal.

Na Grã-Bretanha, a tradição da Árvore de Natal só se consolidou após a publicação na "Illustrated London News", de uma imagem da Rainha Vitória e Alberto com os seus filhos, junto à Árvore de Natal no castelo de Windsor (1846).

Em 1856, a Casa Branca foi enfeitada pela primeira vez com uma árvore de Natal.

Em Portugal, a Árvore de Natal começou a ser vista nos anos 50 do séc. XX, fazendo hoje em dia parte da tradição o pinheiro de natal.

Contra a erosão da memória e em honra de todas as tradições: Io Saturnalia!

1 comentário:

  1. só vi agora!!!! hehehe finalmente !

    sou a primeira a seguir :)
    daqui nada venho ler tudo!

    beijuuuuuuuuuuu

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